Se o azul do céu pudesse me confessar
Que existe um sorriso refletido nas águas do mar
Talvez o Sol aquecesse ou talvez se retirasse
Deixando aparecer a Lua, que iluminaria toda a cidade
Quem sabe o vento queira me contar
O que anda acontecendo, as nuvens não param de chorar
Por que nadar contra a correnteza
Já sabendo que vai se afogar?
Por que se sentir sozinho
Se há tantos peixes no mar?
Quando a luz da noite escurecer um só olhar
Resplandecerá o amanhecer e a última lágrima secará
O moinho já não se move, refugia o perecer
Ostracizado no tempo, geme o vento
Olha o moinho que já parou
E a história não acabou
Das cordilheiras vem vindo em vão
Uma tempestade, já ouço o trovão
Por que nadar contra a correnteza
Já sabendo que vai se afogar?
Por que se sentir sozinho
Se há tantos peixes no mar?